Artigo de Aline Rocha

Este artigo é para você que deseja compreender mais sobre amorosidade e reciprocidade.
Eu Sou Aline Rocha, Terapeuta, Mestra Reiki e Pós graduanda em psicanálise.
Boa leitura!
Quando pergunto a mim mesma e tento ouvir meu coração, percebo que o aprendizado que eu deveria elaborar primeiro, é sobre a amorosidade. Me faltam muitas respostas ainda sobre tudo, mas sinto que a amorosidade é o ponto onde tenho menos certeza de que aprendi da forma correta na minha infância. Um dia estudei sobre formas de entregar e receber o amor, me recordo que as formas eram através de demonstração de carinho e toque, através de atenção plena, através de presentes (independente do valor) e por fim através de elogios.
Quando penso nisso, entendo que talvez tudo isso seja a forma como você tem seu ego suprido em um relacionamento e não a forma absoluta como você recebe o amor. Perceba que eu não tenho respostas nem para elaborar adequadamente sobre isso, mas acredito que a reflexão correta é: o amor está desvinculado do ego obrigatoriamente? Neste sentido, a próxima pergunta a ser feita para que tudo isso fique mais claro é, existe amor incondicional?
Porque eu pergunto sobre o amor incondicional…acredito que todos já aprenderam em algum momento que o amor-próprio deveria ser o ponto exato onde você se doa pra alguém de forma que essa pessoa tenha reciprocidade, então essa palavra é importante demais nessa reflexão. Reciprocidade. Afinal precisamos definir um significado pra reciprocidade, aprendi que a reciprocidade é uma lei de Deus, muito vinculada com a lei da atração, você planta algo em alguém e naturalmente essa pessoa se sente impelida a devolver. Bom, sabendo que a reciprocidade é uma lei de Deus, então eu pergunto por qual motivo diversas vezes nós plantamos amorosidade (perceba que essa palavra é diferente de compromisso e amor), e não colhemos na mesma proporção?
Vamos raciocinar sobre amorosidade, o ato da entrega do amor, a forma cristalina como se demonstra que se importa, que você acolhe o sentimento do outro e como se faz aquela pessoa se sentir importante, especial e interessante. Isso tem muito a ver com reciprocidade né? Neste caso, como nós poderíamos receber reciprocidade de alguém que não possui as habilidades de ser amoroso na mesma proporção? Outra reflexão advinda dessa é: O que é certo? Limitar a forma como amamos e nos entregamos quando percebemos que não há amorosidade em reciprocidade ou deixar que a pessoa alvo do investimento entre em uma zona de desconforto que inevitavelmente irá levá-la a transformar o laço energético que une os dois corações simpáticos em sentimentos nada saudáveis de desprezo?
Durante minha atuação como terapeuta a primeira conclusão que eu tirei é: A amorosidade envolve muitas variáveis emocionais, a forma como você aprendeu a ser amado e aprendeu a amar, grande parte do problema vem de como você teve sua infância e o que sentiu com seus pais. Isso não é determinante para dizer que você vai ser para sempre uma pessoa sem amorosidade se seus pais te rejeitaram, por exemplo, mas é algo que influencia no processo de construção dos pensamentos e por consequência, dos sentimentos.
Ainda sobre a amorosidade, ela é um desdobramento do assunto relacionamento, tão importante ou mais do que saber dizer com clareza o tipo de relacionamento que você busca. Não há nada produtivo em ter plena certeza do tipo de relacionamento que se deseja quando não há espaço para entregar e receber o amor de forma saudável.
Outra questão relevante sobre isso, é o resultado que se tem, mas antes eu gostaria de voltar na reciprocidade e no amor incondicional. Visto que a reciprocidade é uma lei divina, você não deveria se preocupar com ela. Ela não é necessariamente da sua conta, cada um entrega aquilo que deseja e consegue e não cabe a nós ficar esperando ansiosamente por isso. Não é só porque alguém não te ama como você deseja que ama, que essa pessoa não te ama com tudo que tem.
Tá, e o amor incondicional? Afinal de contas, o que seria amar alguém incondicionalmente? Para concluir sobre isso, precisamos entender o mundo em que vivemos. A terra. Na terra assim como em qualquer planeta com a vibração e consciência similar, os espíritos (nós, eu e você) ainda não aprenderam sobre o amor incondicional. Em planetas mais evoluídos, em minha opinião, os espíritos puros sequer se interessam por este texto, visto que ele seria óbvio a ponto de ser desnecessário e desestimulante. Espíritos puros já lidam bem com a amorosidade, relacionamento, amor incondicional e reciprocidade. Isso é natural pois não há egoísmo entre eles. O egoísmo é o elo destrutivo da organização da afetividade.
O que é o egoísmo? Confesso que tinha uma percepção bem mais negativa do egoísta do que de fato é. Tudo uma questão de qual o significado que se dá às palavras. o egoísmo significa que você vive em uma sociedade onde as pessoas estão habituadas a viver somente para si. Isso quer dizer que cada um está cuidando da sua própria vida, então o que lhe resta é ocupar-se de si. Como na sociedade em que vivemos, todos sem exceção sentem-se constantemente esquecidos, sem amor, sem afeto e sem valor, voltamo-nos para nós mesmos de tal forma que nos tornamos egoístas.
Sobre isso eu tenho uma má notícia para nós, uma das principais graças que o ser humano tem na terra, é de encontrar corações simpáticos ao seu, assim nós podemos ter um leve vislumbre do que é viver entre os espíritos puros onde o amor é incondicional. Porém, para os egoístas, essa graça é retirada.
Desesperadora situação, não é? Vivemos em um mundo onde as pessoas não aprenderam a dar e receber o amor, então nos sentimos constantemente esquecidos, abandonados e desvalorizados. Ocupamo-nos de nós mesmos e nos tornamos egoístas, aí vem Deus e tira de nós a graça de viver um amor com um coração simpático ao nosso por causa disso… Bom, por qual motivo Deus faria isso então?
A conclusão preguiçosa seria de que a terra é resultado das ações dos seres humanos e que se você fizer a sua parte e aprender a entregar e receber o amor de tal forma que seja incondicional (e aí você não estaria sendo egoísta mais ao mesmo tempo estaria se expondo como um cordeiro em meio aos lobos), você então teria a graça de viver um amor verdadeiro.
Mas só isso não é bem a realidade. Deus nos dá exatamente tudo aquilo que necessitamos, não aquilo que queremos. Porque quando nós queremos, a gente quer com a cabeça, e quando necessitamos, necessitamos com o coração. Se você for analisar do ponto de vista da física quântica, o seu coração vibrará 60x mais rápido que seu cérebro, então a probabilidade de colapso pelo sentimento é bem maior que só ficar no pensamento né?
Quando decidimos quebrar o ciclo, nos tornar pessoas amorosas e não ficar mais buscando a reciprocidade obrigatória no outro, soltamos as pessoas de tal forma que elas fiquem livres para escolher se estão prontas ou não para viver aquilo.
Nada mais é do que o poder de soltar. Deixar o apego, a culpa e a necessidade desesperadora de encontrar o tal coração simpático ao seu. Quando a pessoa perceber que não está pronto para dar amorosidade no mesmo nível que você, ela naturalmente irá se afastar, e está tudo bem com isso, você continuará entregando o amor da melhor e maior forma que você puder. Deus deixou esse cenário aparentemente catastrófico simplesmente para que a gente possa aprender a soltar o controle sobre o outro. Aprender a fazer sem esperar nada do outro, se comprazer em amar.
Bom, eu falei do resultado né? Pois bem, essa parte é a mais importante. Acredite, Deus está se orgulhando dos seus sentimentos puros e bons e com isso te trará bons resultados. De toda forma, analise os resultados que você está tendo e verifique se isso é o que realmente você deseja. Se o resultado que você espera não está chegando, então está na hora de buscar uma outra estratégia, ponto de vista ou habilidade.
Fiquem com Deus e uma vida cheia de amorosidade, reciprocidade e amor incondicional!
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